O primeiro olhar, o que abre esse blog, é o do fotógrafo Fernando Vivas. Um dos melhores artistas dos olhos que eu conheço

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Hoje é o grande dia!

Amigos:
As votações para o concurso estão encerradas. E hoje sai o resultado do blog vencedor. Muito obrigada a todos que participaram e votaram!
Mas este blog não acaba aqui. Esta excelente idéia do Pelourinho Cultural ainda tem frutos a render.
Abs e sigam nos acompanhando!

sábado, 12 de julho de 2008

O olhar mediático de Aninha Franco


Desta vez, tenho a honra de apresentar neste blog a escritora, advogada, dramaturga e administradora do Theatro XVIII, localizado no Pelourinho, Aninha Franco. Mas, para além dessas credenciais, ela é uma legítima cidadã "pelourinhense", que acompanhou com atenção todas as etapas pelas quais passou o local, sempre interferindo em seu destino. Uma espécie de mentora intelectual da cultura baiana, além de ser, muitas vezes, minha tutora. Sem mais palavras, deixo vcs com as imagens e a sensibilidade do olhar de AF:
"Bajando por la ladera del Pelô"

Esse corredor de baianas foi criado pra receber um príncipe espanhol, em 26 de fevereiro de 2005, mas vamos usá-lo,
pra que você, querido blog-consumidor, possa entrar neste lugar fantástico que é o Pelourinho. Venha...

A arquitetura, nós já sabemos, é única.


E bota única nisso!







Em Vital, a cantora carioca Cláudia Diniz

Se você veio comer, o Ponto Vital fica no fim da Rua das Laranjeiras, e oferece maniçoba de qualidade santamarense, Efó, moquecas de aratu e carne de fumeiro... O chef Vital traz tudo de Santo Amaro, fresco, bom, gostoso, inteligente.



Aqui, close da maniçoba de Vital.


Adelson, o garçom de Vital, é garantia de serviço rápido e bem-humorado.




Essa é a chef Alaíde do Feijão que, além do prato que a nomeia, serve a melhor rabada que eu já degustei na minha vida. A “rabada com agrião” de Alaíde é uma obra de arte diária, renovada, inesquecível.



Se você veio agradecer, pedir, vadiar, dia 4 de dezembro a festa de Yansã é no Pelourinho, na Baixa dos Sapateiros, no Centro Histórico. Você agradece e pede no Mercado de Santa Bárbara, e vadia em volta.

O Pelô é chique. A propaganda de lançamento do novo sabor manga do sorvete Häagen-Dazs para a América Latina foi filmada aonde? No Pelô...
O Pelô é chique. A biblioteca mais contemporânea da cidade está aonde? No Pelô! E, em breve,
será comunitária...

quinta-feira, 10 de julho de 2008

Por outros olhos - Victor Villarpando

Mais um olhar. Agora, com a palavra, um grande amigo meu, desses de todas as horas: Victor Villarpando, jornalista e que também está concorrendo ao concurso com o blog O Melhor do Pelô . Fizemos um esquema de colaboração: ele vem dar esta palhinha aqui no meu; em breve, eu também estarei na página dele. Acompanhem!
Parla, Victor!:



Há cerca de um mês a minha forma de ver o Pelourinho mudou radicalmente. Antes de me inscrever no Redes-cobrindo o Pelô, eu tinha um olhar assustado. Já arregalei muito os olhos só de ouvir convite para ir lá. Freqüentei muito no verão, nas noites de segunda-feira, quando rolam os ensaios do Cortejo Afro .









Eu ia à Praça Tereza Batista, curtia o show e vazava o mais rápido possível. Eu via rapidamente o bairro, mas não o enxergava.
Depois de ter que freqüentar o Pelourinho de dia para fazer matérias, sou um homem de pupilas aguçadas e curiosas. É sempre muita coisa para prestar atenção.
Os olhos que acompanham a redação deste post foram simplesmente fisgados pelo pedaço mais famoso do Centro Histórico de Salvador. A escolha do olhar como linha-guia do blog foi um verdadeiro touchdown da minha amiga Ceci. No Pelô, nada chama mais atenção do que o que se vê. Desde a vista da varanda do Palácio do Rio Branco, passando pelo Elevador Lacerda, pela Ladeira da Misericórdia, pelo Terreiro de Jesus, pelas dezenas de museus e igrejas, pelo colorido e arquitetura das casas, pelo artesanato exposto nas ruas, pelas pessoas que vivem e trabalham por lá... Tudo no Pelourinho impressiona a visão.
Para finalizar – e ilustrar o que eu disse –, deixo alguns registros de olhares. As fotos têm crédito de Renata Brasil, Divulgação, Victor Villarpando e Midiã Santana. Cliquem em cima, para visualizar melhor.


Pelos olhos de quem conhece o Pelô

Kleyzer Seixas
Para alguns visitantes, a situação no Pelourinho parece confortável. Tombado pela Unesco como patrimônio da humanidade, o local reúne grandes casarões dos séculos XVII e XVIII, igrejas, casarões com decorações clássica e barroca, culinária típica, mulheres vestidas de baiana e o batuque típico da região em cada canto. Tudo ao estilo das propagandas da Bahiatursa, aquelas feitas para vender mesmo. Pelos olhos de quem conhece o Pelô, contudo, a perspectiva é outra.


Os antigos moradores do Centro Histórico da capital baiana, que foram obrigados a abandonar os casarões seculares onde viviam em função da revitalização arquitetônica da área há cerca de cinco anos, criaram uma associação e vêm se mobilizando para evitar que o maior conjunto arquitetônico histórico do Brasil, caia, mais uma vez, no ostracismo.

Apesar de não estar mais dentro dos casarões, a maioria deles não desistiu do lugar onde cresceram e trabalharam ao longo de suas vidas. Hoje, mesmo morando de favor na casa de conhecidos, de parentes ou em cubículos localizados nas proximidades do Pelourinho, os representantes da associação lutam para que o estigma do consumo de drogas não prejudique ainda mais a imagem do local.

O problema de entorpecentes tem causado um efeito dominó. Com tantas cenas de meninos - muitos deles com idade inferior a 10 anos - usando craque nas ruas cheias de história do Pelourinho e com pedintes em cada esquina, os turistas têm desaparecido do local. O cenário composto por crianças dormindo em bancos e nos calçadões também afastam os visitantes. Sem eles, o comércio não tem condições de se manter e têm muita loja e bar, consequentemente, fechando as portas.

Depois de perder suas casas, os integrantes da Associação que viveram no Pelô a vida inteira e viram a região passar por tantas transformações têm medo, agora, que as novas mudanças tragam mais dificuldades Como são todos de classe muito baixa e sobrevivem do sub-emprego, as chances de conseguir atividades temporárias para o sustento dos filhos diminuem consideravelmente.

Por conta do problema que atinge não somente os moradores, mas também os vendedores e comerciante do centro, Luis Henrique, presidente da associação de moradores do Pelourinho que foi criada há cerca de oito meses, faz um apelo ao poder público para resolver a situação no Pelô: “Varias pessoas estão deixando de trabalhar e não temos mais onde ganhar dinheiro. O Governo precisa fazer alguma coisa”, desabafou.

“Os comerciantes estão indo embora, os turistas estão indo embora e até as trançadeiras, tão famosas no Pelourinho, estão, aos poucos, saindo daqui. Precisamos melhorar a imagem que as pessoas têm do Pelourinho. Estamos cansados de ver nossas crianças usando drogas e dormindo no chão sem que ninguém toma nenhuma providencia para ajudá-las”, acrescentou Henrique.

quarta-feira, 9 de julho de 2008

Pelos olhos do cinema - por Magê

Este é o Pelourinho, pelos olhos de minha amiga querida Magê, cineasta, mezzo-italiana, mezzo-paulistana:
P.S.: Magê, se lembra que vc quase não sai mais do Pelô? Bjs!


Carnaval de 1996. Minha primeira vez na Bahia, em Salvador. Não sei se é a melhor época para conhecer e ter a primeira impressão sobre a cidade, porque o Carnaval, todos nós sabemos, distorce um pouco as coisas, a realidade – e no caso de Salvador, tenho certeza que também a ressalte.
Na cidade, eu era hospede de uma soteropolitana ah doc, que tinha conhecido não havia assim tanto tempo (só um ano antes), mas já transformada em grande amiga. Eu estava em ótima companhia. O que nos ligou um ano antes tinha sido a paixão pelo cinema, e me lembro que, quando cheguei a Salvador, tinha uma espécie de obsessão ou de dever: eu queria conhecer a famosa Igreja do Paço, cenário do então filme brasileiro de maior sucesso nos festivais internacionais (ainda estavam por vir Central do Brasil, Tropa de Elite...): O Pagador de Promessas, de Anselmo Duarte, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes em 1962.
Lembro-me que, chegando ao Pelourinho, fomos direto pra lá. Acho que nem prestei atenção ao bairro, deixei tudo para depois, eu queria ver aquela igreja, aquela escada comprida que conduz até a porta, ponto de chegada e leito de morte de Zé do Burro (personagem de Leonardo Vilar).
Impossível não olhar pra cima quando se chega em frente ao portão que fecha a escada. E lá em cima está ela, a Igreja do Paço, mal cuidada, fechada, de certo modo até feia, mas não por culpa sua. Minha decepção por não poder entrar era grande, não conseguia me lembrar do pouco que tinha visto do interior no filme, quando no final Zé do Burro entra morto, carregado pela multidão. Fiquei ali com o filme na cabeça e tiramos fotos: eu sentada na escadaria, eu e minha querida amiga Ceci sentadas nas escadas e mais uma dela sentada em frente à porta verde da igreja.
Voltei 8 anos depois, casada com um italiano e o carreguei para a igreja e contei para ele a historia do filme, de uns dos mais belos filmes do cinema brasileiro e tirei outras fotos: com meu marido e como não podia deixar de ser, com minha amiga Ceci. E me lembro de tantas outras coisas no Pelourinho, mas para mim o Pelourinho será sempre a Igreja do Paço.

sexta-feira, 4 de julho de 2008

Um dia inesquecível - por Lair Santos

Eu, minha irmã Ceci e Paul Simon, num dia que marcou a minha história... e a dela também, que está sempre junto comigo, apesar de não ser fã de Paul. Em Salvador, no Pelourinho, na gravação do clip The Obvious Child. Ao fundo, o diretor Ruy Guerra! Graças a ajuda de minha irmã, passei a tarde e a metade da noite na companhia de Paul, nós duas como "convidadas" no Set de gravação do clip. Como descrever o contato com a doçura, a suavidade em pessoa? Com aquele que escreveu as palavras e as músicas que "are woven indelibly into our hearts and our brains"?
Detalhe para minha camisa de silk screen, copiando a imagem da capa do disco One-trick Pony, que atraiu a atenção dele no meio da multidão... hehehehehehehe! Eu seguro o disco Still Crazy After All These Years, que ele acabava de autografar para mim. No dia seguinte, voltaria ao Set e voltaria a encontrá-lo, para que ele autografasse TODOS os meus discos (e eu tinha TODOS os discos dele...)
Dali a um ano, íamos nos encontrar de novo, na chegada de sua turnê Born At The Right Time ao Brasil, e ali, fui Special Guest de novo (hehehehe!) dentro do camarim e dependências, e assisti o show do palco! (hehehehehe!)

quarta-feira, 2 de julho de 2008

Enquanto a gente espera...

... o post de minha irmã, vale relembrar outra visita ilustre ao Pelô: